domingo, dezembro 21, 2008

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Quem nunca uma substancia experimentou e a um patamar o elevou sem um simples e intencional querer? Absorvendo tudo como se apenas um instante fosse? Ou vários num? Antecipando o acaso que num momento anterior foi apenas outro igual a tantas outras possibilidades? Quem nunca num instante, uma vida se tornou em várias? Revendo-nos em todos perderemos-nos e dele nada seremos, senão apenas nós próprios, mais velhos, espertos e sós? Uma noite ou dia abandonado por um e outro e ainda outro, e nós, apenas nós, cheio de querer permanecemos? Ahhh noites intermináveis! Que numa vivemos várias e mais velhos ficamos, espertos e cientes, enquanto que outros apenas foram aquele serão! Serei apenas um ou um de vários? Onde estais então que me fazeis aqui confessar, escrevendo até essa substancia não me poder mais interrogar?

quinta-feira, dezembro 18, 2008

O desprendimento



Mas que raio tem o homem de pensar que é diferente de todos os outros bichos? No que toca à natureza somos todos iguais. E quando não sabemos viver em sintonia com a natureza e a vida não sorri, a desilusão. Há momentos em que apenas devemos ser. Tal como uma planta ou uma flor, apenas é, e ali está. ! Ao sabor do acaso, e se não chove, apenas não chove e murchará, mas foi. Um animal apenas existe e um dia acaba na boca de um maior predador. Mas que fim inglório. Mas foi. É assim o universo e a natureza e por muito que lutemos apenas seremos breves instantes. A barreira do desprendimento é a sintonia da natureza e o que aqui fazemos é apenas sermos. Se não somos, nada seremos e o nada, nada te dará.

Toca a viver!

O defeito

Talvez o maior defeito da humanidade seja confundir aquilo que vê, pensa e lê com o que sente e dar como adquirido esse sentimento como verdade final e imaculada esquecendo que não existe apenas uma verdade mais várias verdades.