sábado, abril 18, 2009

Uma sexta sem fim



Ser alguém a uma sexta, igual a muitas outras, é como uma aparição de uma alma do outro mundo. Vislumbro um mundo que outrora foi o meu conquistado por tantos outros e eu, do outro, apareço. Há dias a uma sexta-feira diferentes de todos os outros. Tantas e tantas outras apenas o neutro, e heis que uma, a mais longa de todas, me ergue do mundo dos extintos. Estranho doutores de amor, universos nunca sonhados, vidas que nunca a própria vida cuidou e olhares cujo olhar uma existência toma, exorcizam-me de volta à minha esfera armilar. Esse dia, a uma sexta, fica apenas para lembrar que vida passa e que os primeiros passam a segundos e os segundos a primeiros. E principalmente tudo é próximo quando somos próximos do que somos - apenas um ser deste transformado num de outro. E só dormirei, depois de tantas sextas numa só.

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